Oficinas

O Palmeira começou um trabalho de oficinas de maracatu nas comunidades mais afastadas da cidade de Paraty, como contrapartida ao Minc pela viagem a Recife no começo do ano. Trabalhar com crianças é sempre muito prazeroso, principalmente em se tratando de levar a elas o prazer de tocar tambor. As fotos aqui publicadas são da primeira dessas oficinas, na escola do Pantanal.


Último Dia – A Sempre Difícil Volta pra Casa

A parte chata é ir embora. Há sempre o conforto da volta ao lar, mas deixar Recife para trás é difícil. Trouxemos na bagagem, além de instrumentos novos e conhecimento, muitas amizades, o carinho da galera do Pina (que sofreu com um incêndio há dez dias) e de todas as nações que conhecemos in loco: a Nação do Maracatu Porto Rico, a Nação de Maracatu Estrela Brilhante de Recife, a Nação Estrela Brilhante de Igarassu e a Nação do Maracatu Encanto do Pina – cujas sedes conhecemos -, além do Maracatu Nação Encanto da Alegria, do Maracatu Nação Leão Coroado, do Maracatu Nação Cambinda Estrela (este, um dos que mais me emocionaram) e outros tantos.
Obrigado a todos e até a volta!

Nossos bombos novos, embalados e prontos para a viagem!

A carona na kombosa; stress total para pegar o avião!

Cadê minha macaíba, que não chega nunca?

Onde foi parar a alegria, moçada?

Sexto Dia – Alto José do Pinho


Na quarta, penúltimo dia de viagem, o Palmeira foi visitar o bairro do Alto José do Pinho, onde está a sede da Nação de Maracatu Estrela Brilhante do Recife. Fomos muito bem recebidos pelo Kal do Agbê (que estará nessa semana em Paraty para ministrar oficina de percussão). Ele nos guiou pelo bairro e nos mostrou a sede da nação.
O mais bacana dessa comunidade é a quantidade e a qualidade da produção cultural que há lá. Não há só maracatu, mas samba, afoxé e rock – o bairro é berço, entre outros, dos Devotos, uma das bandas mais importantes do punk brasileiro.

Odin conhece a sede da Nação

Os preparativos da campeã do Carnaval

A çalera do Quilombo do Campinho se empolga com a oficina

Quinto dia – Igarassu

Na terça, o grupo rumou a Igarassu, cidade sede da Nação Estrela Brilhante de Igarassu. Tirando, por motivos óbvios, o Porto Rico, foi a nação com que mais tivemos contato, sempre por acaso. A qualquer lugar que nós fôssemos, lá estavam o mestre Gilmar, a Dona Olga e seus batuqueiros.
A cidade velha de Igarassu é uma das mais bonitas que há. Sem a badalação de Olinda, ela ainda conserva o ar tranquilo de cidade pequena. Uma jóia. Compramos instrumentos, vimos o mestre trabalhar neles, conversamos com a galera, conhecemos a sede (na verdade, o mestre Gilmar precisou arromba-la para isso) e viajamos de volta a Recife juntos. Delícia de passeio.

Início da viagem

Palmeira no Alto da Conceição


A arte do mestre

As crianças se divertem

Sede da Nação

Tio Bel tece suas histórias

A nem tão difícil volta pra casa


Dona Olga, requisitadíssima

Palmeira em Recife – Segundo Dia

No sábado 6 de fevereiro nós demos um rolê pelo centro de Recife, para comprar instrumentos e visitar o Mercado de São José. À noite, a parte mais importante da viagem (na verdade, o motivo dela, já que essa “jam” foi a base de nossa inscrição no Edital): tocar junto com a galera do Porto Rico no último ensaio deles antes do Carnaval. Agradeço aqui ao Shacon, por nos ter recebido no baque, e também ao Capitão, da Cia. Caracaxá, por ter ajudado em tudo, inclusive na filmagem do evento, para que pudéssemos prestar contas ao Minc.

Escolhendo instrumentos na raça

Bio ouve atentamente as instruções para o ensaio

Surpresa! Era aniversário do Shacon, que não esperava a festa

No final, fomos todos comemorar o aniversário num boteco perto da sede da Nação; só eu tive coragem o suficiente para comer uma porção de passarinha (não pergunte)